No mundo
A palavra Censo se origina do latim census que quer dizer "conjunto dos
dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado,
nação etc.
A história dos censos remonta aos tempos antigos, e o mais remoto deles,
que se tem notícia, é o da China. Em 2238 a.C., o imperador Yao
mandou realizar um censo da população e das lavouras cultivadas.
Há também registros de um censo realizado no tempo de Moisés, cerca de 1700 a.C., e de que os egípcios faziam recenseamentos anualmente, no século XVI a.C.
Os romanos e os gregos realizaram censos por volta dos séculos VIII ao IV a.C. Em 578-534 a.C., o imperador Servo Túlio mandou realizar um censo de população e riqueza que serviu para estabelecer o recrutamento para o exército, para o exercício dos direitos políticos e para o pagamento de impostos. Os romanos fizeram 72 censos entre 555 a.C. e 72 d.C.
Como se pode verificar, a função primordial, naquela época, era conhecer os quantitativos de população para fazer a guerra e cobrar impostos. A punição para quem não respondia geralmente era a morte.
A Bíblia conta que José e a Virgem Maria saíram de Nazareth, na Galiléia, para Belém, na Judéia, para responder ao Censo ordenado por Cesar Augusto (as pessoas tinham que ser entrevistadas no local de sua origem). Foi enquanto estavam na cidade que Jesus nasceu.
Na Idade Média, na Europa, houve diversos recenseamentos: na Península Ibérica durante a dominação muçulmana (séculos VII ao XV); no reinado de Carlos Magno (712-814); e ainda o Doomaday Book, que é o maior registro estatístico feito na época, na Inglaterra, por ordem de Guilherme, o Conquistador. E nas repúblicas italianas nos séculos XII e XIII.
Nas Américas, muito antes de Cristóvão Colombo, os Incas já mantinham um registro numérico de dados da população em quipus, um engenhoso sistema de cordas com nós que representavam números no sistema decimal.
Assim, pode-se verificar que desde épocas remotas os governos se preocupam em realizar censos.
No Brasil
O primeiro censo no Brasil foi realizado em 1872. Depois desse, vieram os de 1890, 1900 e 1920. Com a criação do IBGE, em 1936, inaugurou-se uma moderna fase censitária no país. Sendo assim, na área dos Censos Demográficos a experiência do IBGE remonta a 1940, ano em que foi realizado o primeiro levantamento desse tipo pelo Instituto. A partir de então, o IBGE realiza a cada 10 anos o Censo Demográfico, que é a operação estatística mais importante para retratar a realidade sociodemográfica do país. Dos resultados do Censo Demográfico e das Contagens Populacionais são obtidas as tendências e parâmetros indispensáveis à elaboração de projeções e estimativas populacionais, que a partir de 1989 passaram a ser fornecidas anualmente, em cumprimento ao dispositivo constitucional, regulamentado pela Lei Complementar n? 59, de 22 de dezembro de 1988.
O IBGE realizou a primeira Contagem da População no meio da
década de 90, em 1996. Dentre os fatores determinantes da realização
estão o surgimento de cerca de 1.500 novos municípios após
o Censo Demográfico de 1991, os intensos movimentos migratórios
na dinâmica populacional e a obrigatoriedade de fornecimento de estimativas
populacionais anuais determinadas pela Lei 8.443 de 1992.
Hoje, em que pese o número menor de novos municípios, continuam
fortes as demandas pelas atualizações dos dados populacionais
no período entre um censo e outro, como forma de reduzir os efeitos
das distorções nas estimativas municipais provocadas pelo afastamento
da data do último recenseamento. Tais distorções afetam
bastante os menores municípios, que são também os mais
dependentes dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios.
Esta é a principal razão da realização da Contagem
da População em 2007.